segunda-feira, 29 de junho de 2009

VEGETAÇÃO

Formações Arbóreas

1- Floresta Amazônica

Ocupando uma área de aproximadamente 6 milhões de km2, a Floresta Amazônica ocupa os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte norte de Goiás e Mato Grosso. Devido à sua grande biodiversidade, representa uma enorme reserva de recursos naturais, entre eles, muita riqueza mineral, além dos vegetais (cerca de 80 mil espécies) que podem ser a solução para a cura de muitas doenças e, cerca de 30 milhões de espécies animais (a maioria insetos). Também é conhecida como Hiléia brasiliensis (nome científico) e como Inferno Verde, pela sua insalubridade..

Características físicas: fechada, muito densa, sempre verde, com árvores de portes variados, muito úmida, escura, insalubre.

Órgãos estrangeiros instalados na Amazônia sob o rótulo de "científicos" têm contrabandeado espécimes de nossa flora para indústrias farmacêuticas estrangeiras as quais após patenteá-los passam a ter os "direitos" de exploração e de cobrança de royalties.

Pela sua diversificada riqueza, a região tem sido alvo de cobiça internacional, principalmente dos Estados Unidos com sua política imperialista. Alguns anos atrás o candidato à presidência daquele país, All Gore, declarou: "O Brasil pensa que a Amazônia lhe pertence, mas na realidade, ela é um patrimônio mundial".

2- Mata Atlântica

A vertente atlântica aparece revestida por intensa floresta tropical, a Mata Atlântica. A floresta apresenta árvores com alturas entre 30 e 35 metros, dando um aspecto de "fechada" quando vista do alto.

Estende-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Os primeiros colonizadores aqui chegados devastaram a Mata Atlântica em grande parte. Foi a floresta mais explorada desde os períodos coloniais para plantio de produtos tropicais, entre eles a banana e a cana-de-açúcar.

A Mata Atlântica ainda é fornecedora de madeiras de lei, como o jacarandá, a imbuia, a caviúna, o ipê etc. Essas madeiras são encontradas, também, nas matas galerias do interior do país.

3- Mata dos Pinhais (Araucárias)

A Mata das Araucárias, ou dos Pinhais, ao contrário da Floresta Amazônica, constitui uma formação aberta, homogênea, que permite facilmente a extração de madeiras (chamadas duras). Aparecem no Sul do país, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Também era encontrada em São Paulo.

No Brasil, a Mata dos Pinhais, ou das Araucárias, constitui a nossa única floresta subtropical, ou temperada quente. Essa formação é a floresta mais desmatada em nosso país quando da instalação dos migrantes europeus para construção de suas casas. Entretanto, foi a zona pioneira em reflorestamento.

Além do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) que é predominante, existem outras espécies de pinheiros, além de gramíneas e samambaias.

Atualmente encontram-se praticamente extintas.

4 - Mata dos Cocais (babaçuais, carnaubais, buritis entre outros)

No Maranhão, Piauí, parte de Tocantins e Ceará, encontram-se as palmeiras babaçu, carnaúba, buriti e outras espécies, que apresentam importante valor econômico para as indústrias de óleo e de gorduras vegetais. Do babaçu extrai-se o óleo que é destinado à indústria de produtos de limpeza (sabões) e de cosméticos. Da carnaúba extrai-se a cera e, do buriti fabrica-se doce.

Apresenta-se na transição entre a Amazônia e a região Nordeste, entre os climas equatorial, semi-árido e tropical, passando a vegetação de florestal amazônica - mata dos cocais - mata atlântica.

Formações Arbustivas

5- Cerrados

O Domínio dos Cerrados abrange as chapadas e os chapadões do Planalto Brasileiro com uma área de aproximadamente 2,1 milhões de km2 dos quais, cerca de 700 mil km2 já se encontram explorados pela ação antrópica.

Trata-se de uma região tropical, de verões chuvosos e invernos secos.

As características climáticas são, em parte, responsáveis pela baixa fertilidade dos solos desse domínio: no verão, as chuvas abundantes "lavam" o solo (lixiviação), retirando seus nutrientes; no inverno, a seca prolongada tem como conseqüência altas taxas de evaporação, o que provoca acúmulo do ferro e do alumínio responsáveis pela toxidez e acidez dos solos.

Essa situação climática, também explica a impossibilidade da manutenção de uma floresta de porte.

A vegetação apresenta-se de duas formas mais dominantes:

· Árvores e arbustos (de 3 a 5 metros de altura) de caráter lenhoso;

· Gramíneas e outras ervas.

Os arbustos do cerrado adaptam-se às características do solo: troncos e galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas (chegando até mais 15 metros) para extrair do solo na época de seca, o líquido necessário para sua sobrevivência.

Ao contrário dos domínios florestados, o cerrado, quando desmatado através de queimadas, abriga espécies que conseguem sobreviver.

A superfície dos solos do cerrado funciona como um isolante térmico. Dessa forma, após uma queimada, muitas espécies, pouco dias depois conseguem rebrotar. As cinzas funcionam como uma importante fonte de nutrientes minerais.

6- Caatinga

Assim como a vegetação dos Cerrados, é considerada "arbustiva".

Estendem-se do Maranhão até o Norte de Minas Gerais. A vegetação de caatinga apresenta árvores baixas e arbustos que perdem as folhas nas estações secas.

Nos casos mais graves, encontramos as formações xerofíticas que substituem as folhas por espinhos para reduzir ao máximo a perda de líquido pela transpiração. As formações xerofíticas são encontradas em climas áridos e semi-áridos, onde as secas são muito prolongadas e acentuadamente rigorosas. São os cactos dos desertos, dotados de reservatórios de água e que permitem a sobrevivência vegetal mesmo nas secas mais impiedosas.

Formações Herbáceas

7- Campos

Nossas formações herbáceas são representadas pelos campos limpos, ou campos gerais, de muitos trechos do Sudeste, Centro-Oeste e Norte; todavia, predominam no Sul do país, no Rio Grande do Sul (chamados de Pampas), onde se pratica a criação de gado.

Apesar de apresentar ótimas condições para a criação de gado, nos últimos anos, outras culturas têm sido implementadas, alterando a vegetação original.

Formações Complexas e Alagadiças

8- Pantanal

O complexo vegetal do pantanal aparece a sudoeste de Mato Grosso e a Oeste de Mato Grosso do Sul, na divisa do Brasil com a Bolívia, Paraguai e Argentina, em áreas drenadas pelo rio Paraguai.

Nela encontramos variados tipos de vegetação encontrados nas demais regiões do país, tais como: campos, cerrados, caatinga e matas.

É uma vasta planície de inundação, ou seja, suas características devem-se às cheias anuais que ocorrem durante os períodos de chuvas entre novembro a abril. Essas inundações são as responsáveis por levar sedimentos contendo nutrientes as planícies alagadas, o que explica a grande diversidade de vida selvagem presente naquela região.

Entre os animais encontrados, temos aves como: garças, jaburus, socós, saracuras, colheireiros, cabeças-secas entre outras. Também encontramos répteis de grande porte, tais como: sucuri (que pode chegar até 10 metros de comprimento) e jacaré-do-pantanal. Encontramos ainda: capivaras, macacos, porcos-do-mato, veados, ariranhas e onças.

Também no pantanal encontraremos muitas fazendas de criação de gado além das fazendas de criação de jacarés em cativeiro.

9- Mangues

O mangue ou manguezal é a vegetação alagadiça dos litorais quentes e das zonas pantanosas. Situado entre a zona de transição entre o mar e a terra firme, em locais protegidos da ação direta do mar (ação abrasiva), seu aspecto é geralmente arbustivo e seu solo é lodoso e salgado.

Vegetação típica de litorais alagadiços e quentes aparece principalmente nos litorais do norte do Brasil, no Amapá e no Pará.

Devido a grande disponibilidade de nutrientes minerais e de matéria orgânica, fornecem alimento (direta ou indiretamente) para diversas espécies de peixes, moluscos e crustáceos. São conhecidos como importantes berçários para diversas espécies.

Em Alagoas, existe uma APA (Área de Proteção Ambiental) chamada de Santa Rita, nela encontra-se a Reserva Ecológica do Saco da Pedra onde podemos encontrar o mangue vermelho (Rhisophora Mangle), do tipo pneumatóforo, cujas raízes crescem eretas e emergem do solo alagado onde o oxigênio é escasso, a fim de retirá-lo do ambiente.

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